segunda-feira, 6 de junho de 2011

Evolucionismo

Teoria da Evolução

A Teoria da Evolução é fruto de um conjunto de pesquisas, ainda em desenvolvimento, iniciadas pelo legado deixado pelo cientista inglês Charles Robert Darwin e pelo naturalista britânico Alfred Russel Wallace.
Em suas pesquisas, ocorridas no século XIX, Darwin procurou estabelecer um estudo comparativo entre espécies aparentadas que viviam em diferentes regiões. Além disso, ele percebeu a existência de semelhanças entre os animais vivos e em extinção. A partir daí, concluiu que as características biológicas dos seres vivos passam por um processo dinâmico em que fatores de ordem natural seriam responsáveis por modificar os organismos vivos. Ao mesmo tempo, ele levantou a ideia de que os organismos vivos estão em constante concorrência e, a partir dela, somente os seres melhores preparados às condições ambientais impostas poderiam sobreviver.
Por perceber que se tratava de descobertas polêmicas, e que contrariavam ideias consideradas absolutas, como a de que as espécies eram imutáveis, Darwin teve receio em divulgá-las. Wallace, que admirava de longe o prestígio do famoso naturalista, enviou a ele alguns de seus escritos acerca de ideias que estava desenvolvendo. Surpreendentemente, ambos estavam estudando o mesmo fenômeno - constatação esta que encorajou Darwin a abrir mão de seu segredo e publicar, juntamente com Wallace, suas descobertas, em 1858.
Contando com tais premissas, esta teoria afirma que o homem e o macaco possuem uma mesma ascendência, a partir da qual estas e outras espécies se desenvolveram ao longo do tempo. Contudo, isso não quer dizer, conforme muitos afirmam, que Darwin supôs que o homem é um descendente do macaco. Em sua obra, A Origem das Espécies, ele sugere que o homem e o macaco, em razão de suas semelhanças biológicas, teriam um mesmo ascendente em comum.Quanto a uma das espécies estudadas, Homo sapiens sapiens, surgida há aproximadamente 120 mil anos, sabe-se que esta tem parentesco com os antigos hominídeos.



No livro A origem das espécies Darwin propõe que os seres vivos evoluíram através de um processo chamado seleção natural. O termo evolução nos faz pensar no que ocorreu no passado porém, esse processo continua em andamento e irá continuar enquanto houver diversidade biológica. A evolução por seleção natural explica a diversidade do nosso planeta por 2 processos: a mutação e a especiação.
A mutação explica todo o processo de diversidade genética dos seres 
vivos. Ela ocorre em apenas um indivíduo da população e pode ter como conseqüência a alteração de uma característica bioquímica, física ou comportamental. Essa mutação será transmitida através da reprodução sexuada aos descendentes e, dependendo da vantagem da mutação, ela poderá aumentar ou diminuir a probabilidade de sobrevivência e reprodução do mutante, o que aumentará ou diminuirá a quantidade de indivíduos portadores da mutação. Caso siga aumentando no futuro toda a população poderá ser portadora dessa mutação.                                                         
Seleção natural de uma população de pele negra:



Os quatro mecanismos de Especiação:
  

A especiação é a base da teoria de Darwin, onde todos os seres vivos descendem de um acestral comum. A diferença entre as espécies está relacionada ao tempo de divergência entre elas, ou seja, quanto mais distante o ancestral mais diferente a espécie descendente. Segundo a lógica darwiniana, os eventos de especiação são naturais e freqüentes em todas as espécies.
Os eventos de especiação levam milhares de anos para acontecer. Isso significa que para surgir uma nova espécie humana, alguma população teria que ficar isolada geograficamente por milhares de anos do restante da população. Com a facilidade de deslocamento no mundo atual e cada vez mais a migração aumentando, fica muito difícil que esse isolamento ocorra.
Como é improvável o isolamento geográfico para o surgimento de uma nova espécie humana, outro tipo de isolamento deve ser considerado. Cerca de 10-20% dos casais são incompatíveis sexualmente, um deles não se reproduz especificamente com o outro, mas se reproduziria com outras pessoas naturalmente. Se soubéssemos qual o genoma que determina tal mutação, poderíamos criar uma base de dados onde todos os humanos com esse tipo de mutação poderiam se localizar e gerar assim uma nova espécie humana.

 A partir destas afirmações e dispondo de outras áreas da ciência, como a Genética e a Biologia Molecular, vários membros da comunidade científica, ao longo dos anos, se lançaram ao desafio de compreender o processo de variação e adaptação de populações ao longo do tempo, e o surgimento de novas espécies a partir de outra preexistente.Simulação de deriva genética de 20 alelos numa população de 10 (em cima) e 100 (em baixo) indivíduos. A deriva é mais rápida na população pequena:
  

Simulação de deriva genética de 20 alelos numa população de 10 (em cima) e 100 (em baixo) indivíduos. A deriva é mais rápida na população pequena.
  







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