quinta-feira, 9 de junho de 2011

Criacionismo X Evolucionismo

A RELAÇÃO ENTRE
RELIGIÃO E CIÊNCIA

Não que Religião e Ciência tenham que ser inimigas naturais, mas todas as vezes que ambas tratam das mesmas coisas, os conflitos são inevitáveis. O Criacionismo é um dos melhores exemplos.
Vamos ignorar que a maioria dos Criacionistas são no entanto cientificamente leigos, sendo em sua maioria pastores e teólogos. Vamos considerar como válidos mesmo os títulos científicos de criacionistas que os conseguiram em cursos por correspondência não reconhecidos, e ignoremos o fato de que alguns estabelecimentos cristãos fundamentalistas conseguem distribuir diplomas em áreas científicas apesar de constantes brigas judiciais contra o Ministério da Educação dos E.U.A.
Afinal como é possível que tantos indivíduos que passaram por instituições científicas de ensino superior defenderem propostas completamente irracionais e incoerentes com a Ciência?
Os Criacionistas alegam que a Teoria da Evolução é um embuste, uma fraude com o objetivo de anular a Bíblia como fonte Única de Verdade Suprema. Dizem que há uma conspiração secular que predomina no meio científico, com raízes provavelmente no Iluminismo e Positivismo, se não uma manobra ardilosa do próprio Satanás.
Muitos denunciam que a Evolução ao abalar a autoridade do Livro Sagrado, abre caminho para uma sociedade sem "Deus", que segundo eles só pode conduzir à auto destruição e infelicidade, pois só a crença numa criatura onipotente, vigilante e vingativa poderia manter uma sociedade em ordem.
Afirmam que a verdadeira Ciência é a que afirma a glória de Jeová e confirma os ensinamentos da Bíblia. Alguns até acusam o Evolucionismo de Pseudo Ciência, e de que não passa de uma Torre de Babel de falácias e mentiras com objetivo de disseminar uma filosofia ou religião humanista e atéia.
Em síntese, acusam a Ciência de tudo o que eles próprios são também apropriadamente acusados por alguns de seus adversários: Pseudo Cientistas sem compromisso com a verdade e sim com crenças de uma religião ultrapassada e danosa a toda a história da civilização. (Uma crítica comum entre alguns Anti-Criacionistas.)
Entretanto não cabe aqui esticar mais essa difusão de opiniões pessoais a respeito. Cada um pode acusar ao outro das mesmas coisas. Afinal o que é pior? Acreditar ou não em Deus? Estado vinculado ou não a Religião? Democracia ou Teocracia? Formação filosófica e humanista ou doutrinação religiosa?
E segundo os próprios Criacionistas acusam, o que contribuiria melhor para o progresso da Ciência e da Sociedade? Uma postura Evolucionista e Naturalista ou uma Criacionista e Religiosa?
Deixarei de lado por enquanto aspectos morais e éticos da sociedade, e me concentrarei no que se refere ao verdadeiro conhecimento científico.

Os Criacionistas chegam a declarar que enquanto a Evolução não for descartada e a Criação admitida, toda a Ciência estará envolta em erros e estagnação. Vamos comparar então períodos históricos com relação ao desenvolvimento científico e a disseminação das religiões.

Islamismo

                                             Islamismo



Uma das quatro religiões monoteístas baseada nos ensinamentos de Maomé (570-632 d.C.), chamado “O Profeta”, contidos no livro sagrado islâmico, o Corão. A palavra islã significa submeter, e exprime a submissão à lei e à vontade de Alá. Seus seguidores são chamados de muçulmanos, que significa aquele que se submete a Deus.
Maomé nasceu na cidade de Meca, na Arábia Saudita, centro de animismo e idolatria. Como qualquer membro da tribo Quirache, Maomé viveu e cresceu entre mercadores. Seu pai, Abdulá, morreu por ocasião do seu nascimento, e sua mãe, Amina, quando ele tinha seis anos. Aos 40 anos, Maomé começou sua pregação, quando, segundo a tradição, teve uma visão do anjo Gabriel, que lhe revelou a existência de um Deus único. Khadija, uma viúva rica que se casou com Maomé, investiu toda sua fortuna na propagação da nova doutrina. Maomé passou a pregar publicamente sua mensagem, encontrando uma crescente oposição. Perseguido em Meca, foi obrigado a emigrar para Medina, no dia 20 de Junho de 622. Esse acontecimento, chamado Hégira (emigração), é o marco inicial do calendário muçulmano até hoje. Maomé faleceu no ano 632.
Segundo os muçulmanos, o Corão contém a mensagem de Deus a Maomé, as quais lhe foram reveladas entre os anos 610 a 632. Seus ensinamentos são considerados infalíveis. É dividido em 114 suras (capítulos), ordenadas por tamanho, tendo o maior 286 versos. A segunda fonte de doutrina do Islã, a Suna, é um conjunto de preceitos baseados nos ahadith (ditos e feitos do profeta). 
Os muçulmanos estão divididos em dois grandes grupos: os Sunitas e os Xiitas. Os Sunitas subdividem-se em quatro grupos menores: Hanafitas, Malequitas, Chafeitas e Hambanitas. Os Sunitas são os seguidores da tradição do profeta, continuada por All-Abbas, seu tio. Os Xiitas são partidários de Ali, marido de Fátima, filha de Maomé. São os líderes da comunidade e continuadores da missão espiritual de Maomé. 
O Islamismo é atualmente a segunda maior religião do mundo, dominando acima de 50% das nações em três continentes. O número de adeptos que professam a religião mundialmente já passa dos 935 milhões. O objetivo final do Islamismo é subjugar o mundo e regê-lo pelas leis islâmicas, mesmo que para isso necessite matar e destruir os “infiéis ou incrédulos” da religião. Segundo eles, Alá deixou dois mandamentos importantes: o de subjugar o mundo militarmente e matar os inimigos do Islamismo -- judeus e cristãos. Algumas provas dessa determinação foi o assassinato do presidente do Egito, Anwar Sadat, por ter feito um tratado de paz com Israel e o massacre nas Olimpíadas de Munique em 1972. 
A guerra no Kuweit, nada mais foi do que uma convocação de Saddam Hussein aos muçulmanos para uma “guerra santa”, também chamada de Jihad, contra os países do Ocidente (U.S.A.) devido à proteção dada a Israel. Vinte e seis países entraram em uma guerra, gastaram bilhões de dólares, levaram o Estados Unidos a uma recessão que se sente até hoje, para combater um homem que estava lutando por razões religiosas. Eles aparentemente perderam a guerra, mas, como resultado, houve 100 atos terroristas cometidos contra a América e Europa no mesmo mês. O “espírito” da liga muçulmana em unificar os países islâmicos e a demonstração do que podem fazer ficou bem patente aos olhos do mundo.

Artigos de Fé do Islamismo 
O Islamismo crê que existe um só Deus verdadeiro, e seu nome é Alá
Alá não é um Deus pessoal, santo ou amoroso, pelo contrário, está distante e indiferente mesmo de seus adeptos. Suas ordens expressas no Corão são imperativas, injustas e cruéis. Segundo Maomé, ele é autor do bem e do mal. Num dos anais que descreve as mensagens de Alá para Maomé, ele diz: “Lutem contra os judeus e matem-nos”. Em outra parte diz: “Oh verdadeiros adoradores, não tenha os judeus ou cristãos como vossos amigos. Eles não podem ser confiados, eles são profanos e impuros”. 
O Islamismo crê erroneamente em anjos
Segundo eles, Gabriel foi quem transmitiu as mensagens de Alá para Maomé. É ensinado que os anjos são inferiores aos homens, mas intercedem pelos homens. 
O Islamismo crê que exista um só livro sagrado dado por Alá, o Corão, escrito em Árabe
Os muçulmanos creêm que Alá deu uma série de revelações, incluindo o Antigo e Novo Testamentos, que é chamado de Corão. Segundo eles, as antigas revelações de Alá na Bíblia foram corrompidas pelos cristãos, e, por isso, não são de confiança. 
O Islamismo crê que Maomé é o último e o mais importante dos profetas
Conforme o Islamismo, Alá enviou 124,000 profetas ao mundo, apesar de unicamente trinta estarem relacionados no Corão. Os seis principais foram:
  • Profeta Adão, o escolhido de Alá
  • Profeta Noé, o pregador de Alá
  • Profeta Abraão, o amigo de Alá
  • Profeta Moisés, o porta-voz de Alá
  • Profeta Jesus, a palavra de Alá
  • Profeta Maomé, o apóstolo de Alá
Islamismo crê na predestinação do bem e do mal
Tudo o que acontece, seja bem ou mal, é predestinado por Alá através de seus decretos imutáveis. 
O Islamismo crê que haverá o dia da ressurreição e julgamento do bem e do mal
Neste grande dia, todos os feitos do homem, seja bem ou mal, serão colocados na balança. Os muçulmanos que adquiriram suficientes méritos justos e pessoais em favor de Alá irão para o céu; todos os outros irão para o inferno.
Cinco Colunas do Islamismo 
A vida religiosa do muçulmano tem práticas bastante rigorosas, as quais são chamadas de “Colunas da Religião”. 
Recitação do credo islâmico: Não existe nenhum deus além de Alá e Maomé, o seu profeta.
Preces cotidianas: chamadas de slãts, feitas cinco vezes ao dia, cada vez em uma posição diferente (de pé, ajoelhado, rosto no chão, etc), e virados em direção à Meca. A chamada para a oração é feita por uma corneta, denominada de muezim, desde uma torre chamada de minarete, a qual faz parte de um santuário ou lugar público de adoração conhecido como mesquita.
Observação do mês de Ramadã: o qual comemora a primeira revelação do Corão recebida por Maomé. Durante um mês, as pessoas jejuam desde o nascer até o pôr do sol. Segundo eles, os portões do paraíso abrem, os do inferno fecham, e os que jejuam têm seus pecados perdoados.
Pagamento do zakat: imposto anual de 2.5% do lucro pessoal, como forma de purificação e ajuda aos pobres. Também ofertam para a riquíssima Liga Muçulmana.
Peregrinação para Meca: ou Hajj, ao lugar do nascimento de Maomé, na época de Eid el Adha (festa islâmica que rememora o dia em que o profeta Abraão aceitou a ordem de sacrificar um carneiro em lugar de seu filho), pelo menos uma vez na vida por todo muçulmano dotado de condições físicas e econômicas.
O Jihad, ou guerra santa: é a batalha por meio da qual se atinge um dos objetivos do islamismo, que é reformar o mundo. Qualquer muçulmano que morra numa guerra defendendo os direitos do islamismo ou de Alá, já tem sua vida eterna garantida. Por esta razão, todos que tomam parte dessa “guerra santa”, não têm medo de morrer ou de passar por nenhum risco. 

Cristianismo

Cristianismo



A história do cristianismo é o estudo da religião iniciada por um profeta judeu de Nazaré chamado Jesus. O cristianismo se tornaria em uma das maiores religiões, afetando todas as outras fés e mudando o curso da história humana. Isso diz respeito principalmente a religião cristã e da Igreja, do sucessor de Jesus, Tiago, o Justo, até a era atual e as denominações. O cristianismo difere significativamente das outras religiões abraâmicas na afirmação de que Jesus Cristo é o Filho de Deus. A grande maioria dos cristãos acreditam em um Deus trino formado por três pessoas unidas e distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. Ao longo de sua história, a religião tem resistido a cismas e a disputas teológicas que resultaram em muitas igrejas distintas. Os maiores ramos do Cristianismo são a Igreja Católica Romana, a Igreja Ortodoxa e as Igrejas protestantes.
O cristianismo começou a se espalhar inicialmente a partir de Jerusalém, e depois em todo o Oriente Médio, acabando por se tornar a religião oficial daArmênia em 301, da Etiópia em 325, da Geórgia em 337, e depois a Igreja estatal do Império Romano em 380. Tornando-se comum em toda a Europa naIdade Média, ela se expandiu em todo o mundo durante a Era dos Descobrimentos.

Atualmente o cristianismo possuí cerca de 2,13 bilhões de adeptos, sendo a maior religião mundial adotada por cerca de 33% da população do mundo.É a religião predominante na Europa, América, Oceania e em grande parte de África e partes da Ásia.

Religião Grega (Mitologia Grega)

Religião Grega (Mitologia Grega)



A designação religião grega abrange o grupo de crenças e rituais praticados na Grécia Antiga tanto na forma de religião pública popular como nas práticas de culto. Estes grupos eram tão variados que alguns autores falam de "religiões" ou "cultos gregos", embora a maior parte deles partilha semelhanças.
Muitos gregos reconheciam os quatorze principais deuses e deusas: Zeus, Posídon, Hades, Apolo, Artêmis, Afrodite, Ares, Dioniso, Hefesto, Atena, Hermes, Deméter, Héstia e Hera, embora certas religiões filosóficas como o estoicismo e algumas formas de platonismo propunham uma deidade única transcendente. Diferentes cidades veneravam diferentes divindades, por vezes com epítetos que especificavam sua natureza local.
As práticas religiosas dos gregos se estendiam além da Grécia continental, até as ilhas e o litoral da Jônia, na Ásia Menor, até a Magna Grécia (Sicília e Itália Meridional), e nas diversas colônias gregas por todo o Mediterrâneo Ocidental, tais como Massília (Marselha). A religião grega influenciou os cultos e crenças etruscos, formando a posterior religião romana antiga.
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Crenças

Alguns conceitos eram universais a todos os povos gregos, crenças comuns partilhadas por muitos.

 Teologia

A teologia grega antiga girava em torno do politeísmo, isto é, existiam diversos deuses e deusas. Havia uma hierarquia de divindades, com Zeus, o rei dos deuses, mantendo um certo nível de controle sobre todos os outros. Cada divindade geralmente mantinha um domínio sobre determinado aspecto da natureza; Posídon, por exemplo, controlava os mares e os terremotos, e Hipérion o Sol. Outras divindades exerciam seu domínio sobre determinado conceito abstrato, como por exemplo Afrodite, que controlava o amor.
Embora fossem imortais, os deuses não eram onipotentes; obedeciam ao destino, que se impunha a todos eles. Na mitologia grega, por exemplo, o destino de Odisseu era retornar ao seu lar, em Ítaca, após a Guerra de Troia, e embora os deuses pudessem dificultar sua jornada e torná-la mais demorada e difícil, não tinham a capacidade de impedi-lo.
Os deuses agiam como humanos, com quem partilhavam os mesmos vícios. Também interagiam com os seres humanos, por vezes mesmo tendo filhos com eles. Alguns deuses se opunham a outros, e tentavam superá-los. Na Ilíada, por exemplo, Zeus, Afrodite, Ares e Apolo apoiam o lado troiano na Guerra de Troia, enquanto Hera, Atena e Posídon apoiam os gregos (ver teomaquia).
Alguns deuses eram associados especificamente com uma determinada cidade. Atena, por exemplo, era associada à cidade de Atenas, Apolo com Delfos e Delos, Zeus com Olímpia e Afrodite com Corinto. Outras divindades eram associadas a nações fora da Grécia; Posídon, por exemplo, era associado à Etiópia e Troia, e Ares com a Trácia.
A identidade dos nomes não era uma garantia de cultos semelhantes; os próprios gregos tinham consciência de que a Artêmis venerada em Esparta, a caçadora virgem, era uma divindade muito diferente da Artêmis de Éfeso, uma deusa da fertilidade com diversos seios. Quando obras literárias como a Ilíada relatavam conflitos entre os deuses, estes conflitos ocorriam porque seus seguidores estavam em guerra na Terra, e eram um reflexo celestial do padrão terreno das divindades locais. Embora o culto das principais divindades tenha se espalhado de um lugar a outro com frequência, e embora as maiores cidades tivessem templos aos principais deuses, a identificação de diferentes deuses com diferentes locais permaneceu forte até o fim da prática do politeísmo nestas regiões.

 Divindades menores

Divindades menores, relacionadas de alguma maneira aos Deuses Olímpicos, também existiam. Um dos mais populares era Dioniso (também conhecido como Baco), deus do vinho e do êxtase espiritual, filho de Zeus. Outros eram , deus dos pastores e da música folclórica, e Hécate, deusa da bruxaria e das encruzilhadas.
Era possível que um ser humano mortal se tornasse um deus imortal; um destes exemplos era Héracles, filho de Zeus com uma mãe mortal. Por realizar feitos heróicos e por sua herança semi-divina eventualmente recebeu a opção de se tornar um dos doze deuses do Olimpo; Héracles recusou a generosa oferta, porém se tornou um imortal. Também existiam divindades do lar, semelhantes aos lares romanos.

 Divindades primordiais e Titãs

Um terceiro grupo de divindades eram as divindades primordiais, consideradas as primeiras divindades, tais como Caos, o ser que incorporava o caos primevo, e Gaia, a deusa da Terra. Embora fossem ocasionalmente venerados, não eram tão popular quanto os Deuses Olímpicos.


 Vida após a morte

Mosaico mostrando o heroi Héracles com Cérbero, um cão de três cabeças que, de acordo com a mitologia, guardava a entrada para o Hades.
Os antigos gregos acreditavam num submundo para onde os espíritos dos mortos iam após a morte. Se um funeral nunca fosse realizado em homenagem ao morto, acreditava-se que o espírito desta pessoa nunca conseguiria chegar ao submundo, e permaneceria assombrando o mundo, como um fantasma, para sempre. Existiam diversos pontos de vista a respeito deste submundo, e a ideia gradualmente mudou com o tempo.

Uma das principais áreas deste mundo inferior era conhecido como Hades, e era governado por um deus, também chamado de Hades. Outro reino, chamado Tártaro, era o local para onde acreditava-se que iam os amaldiçoados, um local repleto de tormentos. Um terceiro reino, o Elísio, era um local agradável onde os mortos virtuosos e os iniciados nos cultos de mistério habitavam.
Alguns poucos, como Aquiles, Alcmene, Anfiarau, Ganimedes, Ino, Melicertes, Menelau, Peleu e boa parte daqueles que lutaram nas guerras de Troia e Tebas, eram tidos como imortalizados, fisicamente, e viveriam eternamente no Elísio, nas Ilhas dos Abençoados, nos céus, oceanos ou literalmente sob o solo. Esta crença oferecia pouco alívio para a população em geral, uma vez que, na medida em que o corpo destes indivíduos vivia por meio da decomposição, do fogo ou do consumo, não havia esperança de qualquer coisa além da existência de uma alma desencarnada.[1].
Alguns gregos, como os filósofos Pitágoras e Platão, também defenderam a ideia da reencarnação, embora ela não tenha sido aceita universalmente.

 Mitologia


O Julgamento de Páris, de Peter Paul Rubens, mostrando as três deusas, Hera, Afrodite e Atena, numa competição de beleza que provoca a Guerra de Troia. Esta pintura pós-renascentista ilustra o fascínio que a nobreza tinha, na Europa cristã, pela mitologia dos antigos gregos politeístas.
A religião grega tinha uma grande mitologia, que consistia em sua maior parte das histórias dos deuses e de como eles afetaram os humanos na Terra. Os mitos frequentemente giravam em torno de herois e seus atos, como Héracles e seus doze trabalhos, Odisseu e sua épica viagem de volta para casa depois da Guerra de Troia, Jasão e sua busca pelo Velocino de Ouro, e Teseu e o Minotauro.
Diversas espécies diferentes existiam na mitologia grega; além dos deuses e humanos, existiam os Titãs, seres que precediam os Deuses do Olimpo e eram odiados por eles, e espécies menores como os centauros, metade homens e metade cavalos, as ninfas, criaturas que habitavam a natureza (as ninfas das árvores eram as dríades, as do mar eram as nereidas) e os sátiros, metade homens metade bodes. Algumas criaturas da mitologia grega eram monstruosas, como os gigantes de um olho só, os ciclopes, Cila, a criatura marítima, Caríbdis, o turbilhão, as górgonas e o Minotauro, meio homem e meio touro.
Muitos dos mitos falavam sobre a guerra entre a Grécia e Troia. A Ilíada, poema épico de Homero, aborda um determinado período da guerra. Diversas outras obras abordam o período posterior à guerra, como o assassinato do rei Agamenon de Argos, e as aventuras de Odisseu em seu retorno à Ítaca (sobre o qual fala a Odisseia, também de Homero).
Não existia uma cosmogonia fixa ou mito de criação, entre os gregos. Diferentes grupos religiosos acreditavam que o mundo havia sido criado de diferentes maneiras. Um mito criacionista típico grego foi narrado por Hesíodo, na Teogonia; segundo ele, inicialmente existia apenas uma deidade primordial chamada Caos, que deu a luz a diversos outros deuses primevos, como Gaia, Tártaro e Eros, que deram então origem a outros deuses, os Titãs, que por sua vez originaram os primeiros deuses do Olimpo.
A mitologia original dos gregos sobreviveu em diversas fontes e acabou por sofrer vários acréscimos ao ser utilizada para na formação da posterior mitologia romana. Tanto gregos quanto romanos formavam sociedades relativamente alfabetizadas, e esta mitologia era escrita na forma de poemas épicos (como a Ilíada, Odisseia e a Argonáutica) e peças teatrais (como As Bacantes, de Eurípides, e Os Sapos, de Aristófanes). Esta mitiologia tornou-se muito popular na Europa cristã do pós-Renascimento, onde era utilizada como base temática para obras de artistas como Botticelli, Michelangelo e Rubens.

 Festivais

Diversos festivais religiosos eram realizados na Grécia Antiga. Muitos deles eram dedicados a uma divindade ou cidade-estado em particular. O festival de Liceia, celebrado na Arcádia, era dedicado ao deus pastoral . Existiam também os Jogos Olímpicos, realizados a cada quatro anos para celebrar os deuses.

 Moral

Um dos conceitos morais mais importantes para os gregos era o medo de cometer hybris, que podia consistir de diversas coisas - desde estupro até dessecrar um cadáver.[2][3] Na cidade de Atenas era considerado um crime. Na Odisseia o orgulho de Odisseu é considerado hybris. Embora o orgulho e a vaidade não fossem considerados pecados em si, os gregos costumavam enfatizar a moderação. O orgulho apenas se tornava hybris quando atingia os extremos - como qualquer outro vício. O mesmo dava-se com a comida e a bebida - qualquer coisa feita em excesso não era considerada apropriada. Dava-se a mesma importância, por exemplo, aos exercícios físicos que ao intelecto; muitas de suas competições envolviam os dois. O orgulho não era malvisto até que passasse a consumir ou ferir as pessoas.

Textos sagrados

A Teogonia e Os Trabalhos e os Dias, de Hesíodo, a Ilíada e a Odisseia de Homero, e as Odes de Píndaro, são consideradas como textos sagrados para os antigos gregos, bem como diversas outras obras da Antiguidade Clássica; estes eram os textos centrais a toda a literatura do período, e eram considerados inspirados; costumavam incluir uma invocação às Musas em suas linhas iniciais.





 Práticas

 Cerimônias

As cerimônias e rituais gregos eram executados principalmente sobre altares; estes eram tipicamente dedicados a um ou alguns deuses, que eram representados por estátuas. Oferendas votivas eram deixadas sobre este altar, como comidas, bebidas, bem como objetos preciosos. Por vezes sacrifícios animais também eram realizados neles, onde a maior parte da carne era consumida, e as vísceras queimadas como oferenda para os deuses. Libações, quase sempre de vinho, também eram oferecidas aos deuses, não apenas em seus santuários, mas também na vida cotidiana, como durante um symposion ("simpósio", espécie de banquete festivo).
Uma cerimônia célebre era o pharmakos, ritual que envolvia a expulsão de um bode expiatório simbólico, como um animal ou escravo, de uma cidade ou aldeia durante um período de dificuldades. Esperava-se que assim, ao expulsar esta criatura, os problemas também estariam sendo levados do local.
 Sacrifício
O culto na Grécia consistia tipicamente do sacrifício de animais domésticos no altar, em meio a hinos e orações. Partes do animal eram então colocadas sobre as chamas, para os deuses; e os participantes comiam o resto. A evidência destas práticas é descrita com exaustão na literatura antiga, especialmente nos épicos de Homero. Ao longo dos poemas, o uso deste ritual fica aparente em banquetes onde carne é servida, em épocas de perigo ou antes de alguma empreitada importante, como meio de se obter o apoio dos deuses. Na Odisseia, por exemplo, Eumeu sacrifica um porco com uma oração por seu mestre, Odisseu; na Ilíada todos os banquetes dos príncipes se inicia com um sacrifício e uma oração. Estas práticas, descritas em períodos pré-homéricos, apresentam traços em comum com formas de sacrifício ritual do século VIII a.C.. Ao longo do poema banquetes especiais são realizados sempre que os deuses indicam sua presença, seja através de algum sinal ou de algum sucesso em combate. Antes dos guerreiros gregos partirem para Troia, este tipo de sacrifício animal é realizado, e Odisseu oferece a Zeus, em vão, um cordeiro. Estas situações de sacrifícios nos poemas épicos de Homero podem indicar uma visão dos deuses como membros da sociedade, e não entidades externas, indicando laços sociais com eles. Os sacrifícios rituais desempenhavam um papel crucial na formação de relações entre o humano e o divino.[4]

 Templos

Diversos templos eram erguidos em homenagem aos deuses. Alguns dos mais imponentes e conhecidos eram o Templo de Zeus, em Olímpia, e o Partenon, dedicado à deusa Atena, localizado sobre a Acrópole, em Atenas.
Os templos continham uma sala central, chamada de naos, que continha um grande altar e a estátua de uma (ou mais) divindade. Sacerdotes constantemente monitoravam o local e eram responsáveis por fazer oferendas.Em alguns destes templos havia um oráculo, tido como capaz de prever o futuro. O mais célebre deles foi o oráculo délfico, localizado no Templo de Apolo, em Delfos.

Ritos de passagem

Como diversas outras religiões, as práticas dos antigos gregos continham diversos ritos de passagem. Uma das mais célebres era a amphidromia, celebrada no quinto ou sétimo dia depois do nascimento de uma criança.

Religiões de mistério

Aqueles que não se satisfaziam com o culto público dos deuses recorriam às diversas religiões de mistério, que funcionavam como cultos cujos membros deviam ser iniciados para poder conhecer seus segredos.
Neles podiam encontrar consolos religiosos que a religião tradicional não era capaz de fornecer; uma chance de um despertar místico, uma doutrina religiosa sistemática, um mapa da vida após a morte, uma forma de veneração comunitária, e uma confraria espiritual.
Alguns destes mistérios, como os mistérios de Elêusis e Samotrácia, eram antigos e regionais. Outros se espalharam de lugar em lugar, como os mistérios de Dioniso. Durante o Período Helenístico e o Império Romano as religiões de mistério exóticas tornaram-se difundidas, não apenas na Grécia, mas por todo o Mediterrâneo. Algumas destas eram criações novas, como o culto a Mitras, enquanto outras haviam sido praticadas há centenas de anos, como os mistérios egípcios de Osíris.

Seleção Natural

Seleção Natural 

O mecanismo de Seleção Natural, proposta por Charles Darwin, tem como princípio a adequação de uma característica sugestiva ao meio ambiente. A prevalência da característica torna-se favorável, à medida que, hereditariamente, são transmitidas para as gerações seguintes.
 

Enquanto a sucessividade da característica benéfica se consolida na população como caráter padrão, transmitido de geração em geração, as características desfavoráveis de um organismo, cada vez menos frequente, não se perpetuam reprodutivamente. 

Atuando diretamente sobre o fenótipo, a Seleção Natural permite mais ênfase aos aspectos favoráveis, resultando em adaptação do mesmo. Assim, as variações bem sucedidas intensificam a sobrevivência do organismo portador, tornando-o mais apto reprodutivamente, podendo ocasionar o surgimento evolutivo de uma nova espécie. 

Um exemplo clássico que evidencia os efeitos da Seleção Natural é o aumento da população de mariposas (Biston betularia) com pigmentação melândrica (escura), após a metade do século XIX. 

Anterior a esse período, não era comum encontrar formas melândricas, as mariposas com pigmento branco acinzentado prevaleciam. No entanto, com o crescente desenvolvimento industrial, emissão de poluentes na atmosfera e impregnação de fuligem na vegetação, as mariposas escuras, quando no troco das árvores, passaram a ser menos observáveis pelos pássaros (predador natural das mariposas). 

Consequentemente, a situação se inverteu, as mariposas escuras passaram a predominar na população, escondendo-se melhor dos predadores, garantindo sobrevivência e reprodução. 

Sendo a cor das mariposas um fator hereditário dependente de um par de gene codificador de dois tipos fenotípicos: claro e escuro, atuou a Seleção Natural sobre a frequência da variedade sujeita às condições ambientais. 

Nesse caso, pode-se concluir que o processo de Seleção Natural, não necessariamente potencializa sua atuação de forma deletária, produzindo mudança genética, excluindo ou mantendo uma característica. Mas pode limitar uma variação fenotípica conforme a interferência do meio.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Árvore Filogenética

     Árvore Filogenética:

Uma árvore filogenética, por vezes também designada por Árvore da Vida, é uma representação gráfica, em forma de uma árvore, das relações evolutivas entre várias espécies ou outras entidades que possam ter um ancestral comum. Em uma árvore filogenética, cada nodo (ou nó) com descendentes representa o mais recente antepassado comum, e os comprimentos dos ramos podem representar estimativas do tempo evolutivo. Cada nodo terminal em uma árvore filogenética é chamado de "unidade taxonômica". Nodos internos geralmente são chamados de "unidades taxonômicas hipotéticas". As árvores filogenéticas são confeccionadas a partir de uma matriz contendo os dados disponíveis (morfológicos, químicos ou genéticos) sobre os táxons estudados. Estes dados são comparados, e os táxons agrupados em clados ou ramos de acordo com as semelhanças e diferenças entre si. Atualmente, há vários softwares disponíveis para a realização destes cálculos. Pode ser de vários tipos:
  • Cladograma, representa o padrão das relações entre os nodos da árvore; o tamanho dos ramos não representa necessariamente a distância entre os nodos. O termo normalmente é usado para indicar o mesmo que árvore filogenética.
  • Filograma, o tamanho dos ramos representa o número de mudanças ocorridas entre os nodos;
  • Cronograma, a posição dos nodos está disposta num eixo que representa o tempo.

Evolucionismo

Teoria da Evolução

A Teoria da Evolução é fruto de um conjunto de pesquisas, ainda em desenvolvimento, iniciadas pelo legado deixado pelo cientista inglês Charles Robert Darwin e pelo naturalista britânico Alfred Russel Wallace.
Em suas pesquisas, ocorridas no século XIX, Darwin procurou estabelecer um estudo comparativo entre espécies aparentadas que viviam em diferentes regiões. Além disso, ele percebeu a existência de semelhanças entre os animais vivos e em extinção. A partir daí, concluiu que as características biológicas dos seres vivos passam por um processo dinâmico em que fatores de ordem natural seriam responsáveis por modificar os organismos vivos. Ao mesmo tempo, ele levantou a ideia de que os organismos vivos estão em constante concorrência e, a partir dela, somente os seres melhores preparados às condições ambientais impostas poderiam sobreviver.
Por perceber que se tratava de descobertas polêmicas, e que contrariavam ideias consideradas absolutas, como a de que as espécies eram imutáveis, Darwin teve receio em divulgá-las. Wallace, que admirava de longe o prestígio do famoso naturalista, enviou a ele alguns de seus escritos acerca de ideias que estava desenvolvendo. Surpreendentemente, ambos estavam estudando o mesmo fenômeno - constatação esta que encorajou Darwin a abrir mão de seu segredo e publicar, juntamente com Wallace, suas descobertas, em 1858.
Contando com tais premissas, esta teoria afirma que o homem e o macaco possuem uma mesma ascendência, a partir da qual estas e outras espécies se desenvolveram ao longo do tempo. Contudo, isso não quer dizer, conforme muitos afirmam, que Darwin supôs que o homem é um descendente do macaco. Em sua obra, A Origem das Espécies, ele sugere que o homem e o macaco, em razão de suas semelhanças biológicas, teriam um mesmo ascendente em comum.Quanto a uma das espécies estudadas, Homo sapiens sapiens, surgida há aproximadamente 120 mil anos, sabe-se que esta tem parentesco com os antigos hominídeos.



No livro A origem das espécies Darwin propõe que os seres vivos evoluíram através de um processo chamado seleção natural. O termo evolução nos faz pensar no que ocorreu no passado porém, esse processo continua em andamento e irá continuar enquanto houver diversidade biológica. A evolução por seleção natural explica a diversidade do nosso planeta por 2 processos: a mutação e a especiação.
A mutação explica todo o processo de diversidade genética dos seres 
vivos. Ela ocorre em apenas um indivíduo da população e pode ter como conseqüência a alteração de uma característica bioquímica, física ou comportamental. Essa mutação será transmitida através da reprodução sexuada aos descendentes e, dependendo da vantagem da mutação, ela poderá aumentar ou diminuir a probabilidade de sobrevivência e reprodução do mutante, o que aumentará ou diminuirá a quantidade de indivíduos portadores da mutação. Caso siga aumentando no futuro toda a população poderá ser portadora dessa mutação.                                                         
Seleção natural de uma população de pele negra:



Os quatro mecanismos de Especiação:
  

A especiação é a base da teoria de Darwin, onde todos os seres vivos descendem de um acestral comum. A diferença entre as espécies está relacionada ao tempo de divergência entre elas, ou seja, quanto mais distante o ancestral mais diferente a espécie descendente. Segundo a lógica darwiniana, os eventos de especiação são naturais e freqüentes em todas as espécies.
Os eventos de especiação levam milhares de anos para acontecer. Isso significa que para surgir uma nova espécie humana, alguma população teria que ficar isolada geograficamente por milhares de anos do restante da população. Com a facilidade de deslocamento no mundo atual e cada vez mais a migração aumentando, fica muito difícil que esse isolamento ocorra.
Como é improvável o isolamento geográfico para o surgimento de uma nova espécie humana, outro tipo de isolamento deve ser considerado. Cerca de 10-20% dos casais são incompatíveis sexualmente, um deles não se reproduz especificamente com o outro, mas se reproduziria com outras pessoas naturalmente. Se soubéssemos qual o genoma que determina tal mutação, poderíamos criar uma base de dados onde todos os humanos com esse tipo de mutação poderiam se localizar e gerar assim uma nova espécie humana.

 A partir destas afirmações e dispondo de outras áreas da ciência, como a Genética e a Biologia Molecular, vários membros da comunidade científica, ao longo dos anos, se lançaram ao desafio de compreender o processo de variação e adaptação de populações ao longo do tempo, e o surgimento de novas espécies a partir de outra preexistente.Simulação de deriva genética de 20 alelos numa população de 10 (em cima) e 100 (em baixo) indivíduos. A deriva é mais rápida na população pequena:
  

Simulação de deriva genética de 20 alelos numa população de 10 (em cima) e 100 (em baixo) indivíduos. A deriva é mais rápida na população pequena.